Quinta-feira, 21 de Novembro de 2024
A Prefeitura Municipal de Presidente Prudente, como signatária do Pacto Ninguém se Cala, criado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo – MPSP e Ministério Público do Trabalho – MPT, desenvolveu ações para colaborar na divulgação de informações às pessoas que trabalham em estabelecimentos de lazer, para que sejam capazes de identificar situações de risco à segurança e ao bem estar de clientes, além de garantir os devidos cuidados e medidas de acolhimento à vítima.
Estas ações fazem parte de uma série de medidas de combate à violência sexual, reafirmando assim seu compromisso de responsabilidade social, complementando todo o trabalho já realizado por diversas Secretarias como a Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Educação, Secretaria de Saúde, que trabalham diuturnamente no enfrentamento à violência sexual.
As ações visam levar a conscientização e orientação aos estabelecimentos sujeitos à Lei Estadual nº 17.621, de 03 fevereiro de 2023 e à Lei Estadual nº 17.635, de 17 de fevereiro de 2023, como restaurantes, bares, baladas e outros locais de lazer na cidade de Presidente Prudente, buscando proporcionar um ambiente seguro e responsável.
Além dos estabelecimentos acima citados, a prefeitura também fará a conscientização de servidores que estão próximos a estes estabelecimentos e aos demais servidores através do SESMET em parceria com a CIPA.
Abaixo seguem algumas contribuições para que os profissionais responsáveis pelo atendimento estejam preparados para lidarem com situações de abuso sexual no ambiente de trabalho.
Locais como bares, baladas e outros espaços de lazer são ambientes associados a encontros, descontração e relacionamentos. No entanto, esse clima de descontração, por vezes, aliado ao consumo de bebidas alcoólicas, pode tornar os espaços inseguros para algumas pessoas, principalmente mulheres, transexuais e travestis.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílios (Pnad) Contínua, sobre a sensação de segurança dos brasileiros, registrou no quarto trimestre de 2021 que 1 em cada 5 mulheres no país tem medo de sofrer violência sexual em lugares públicos ou privados.
Esses números reforçam a necessidade de combater a violência sexual e promover um ambiente seguro e respeitoso, em que todos possam desfrutar desses espaços igualmente.
Apesar disso, ainda existe a crença social de que as mulheres que frequentam esses ambientes estão com seus corpos disponíveis para abusos. Esse pensamento é inaceitável e intensifica a cultura do estupro, em que o homem se sente no direito de cometer um crime sexual como algo justificável, apenas pelo simples fato de mulheres estarem nesses ambientes.
É comum que vítimas de violência sexual desenvolvam traumas psicológicos como resultado dessa violência, apresentando crises de ansiedade, depressão, insônia e outras condições.
Ao adotar políticas firmes no combate à violência sexual, o estabelecimento gera um impacto social positivo e fortalece a marca da empresa, pois as pessoas tendem a optar por ambientes onde se sentem mais seguras.
Abuso Sexual
Ocorre quando uma pessoa utiliza força física, ameaças ou manipulação emocional para obrigar outra pessoa a participar de atividades sexuais sem o seu consentimento.
Assédio sexual
O assédio sexual é um exemplo desse abuso sexual, refere-se a abordagens grosseiras, cantadas abusivas e posturas inadequadas que causam constrangimento, humilhação e medo. Ocorrem na forma de palavras, gestos, olhares, toques não consentidos e outros.
Agressão sexual
A agressão sexual pode assumir diferentes formas, incluindo estupro, penetração forçada, toque sexual, exposição indecente e qualquer outra atividade sexual imposta sem o consentimento da outra pessoa. É considerado crime de estupro tocar as partes íntimas ou seios da mulher sem seu consentimento e, até mesmo, o beijo à força.
Importunação sexual
Refere-se a comportamentos indesejados e ofensivos de natureza sexual que são direcionados a outra pessoa, causando desconforto, constrangimento ou intimidação. Esses comportamentos podem ocorrer em diferentes contextos, como em espaços públicos, transporte público, festas ou ambientes de trabalho.
Escute o que a pessoa tem a dizer e demonstre sua disposição em acolhê-la.
Muitos deixam de denunciar por medo. Mostre que está ao lado da vítima, pois isso faz com que todos se sintam seguros para denunciarem, caso ocorra o abuso.
A lei pune quem pratica violência física, psicológica, moral, sexual e patrimonial e oferece uma rede integrada de enfrentamento às violências composta por serviços de atendimento, orientação, saúde e proteção das vítimas. A lei ainda prevê medidas protetivas de urgência, que exigem o afastamento do agressor da vítima, de seus familiares e testemunhas.
A revitimização da mulher acontece quando ela é tratada como se tivesse culpa por estar inserida em uma situação de abuso.
Quando uma mulher que sofreu abuso é questionada por falas como:
“Mas também, quem mandou usar roupas curtas a essa hora da noite?” ou “Quem mandou beber demais?”.
Questionamentos como esses são completamente inadequados! Nunca culpe a vítima por ter sido assediada.
CREAS de Presidente Prudente
CREAS 1 – (18) 3221-9399
CREAS 2 – (18) 3223-9162
CREAS 3 – (18) 3916-1495
Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação