Uma iniciativa da Unoeste, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente (Sesau), tem garantido a otimização do enfrentamento da dengue no município. O Telemonitoramento, serviço realizado por alunos do curso de Medicina, agiliza atendimentos e contribui para o gerenciamento clínico da população, evitando superlotação nas unidades de saúde e garantindo um suporte mais eficaz aos pacientes, no momento em que a cidade enfrenta um aumento significativo de casos.
Diante do avanço da dengue na cidade, a Unoeste e a Secretaria de Saúde redirecionaram seus esforços para ampliar o acompanhamento remoto dos pacientes. A parceria permitiu que, no início de fevereiro, representantes da Faculdade de Medicina de Presidente Prudente (Famepp) e da Secretaria Municipal de Saúde estruturassem a implementação do Telemonitoramento nas Estratégias de Saúde da Família (ESF), especialmente nas áreas rurais da cidade.
“A proposta busca garantir um atendimento mais rápido e personalizado. A parceria com a Secretaria Municipal de Saúde reflete o compromisso de todos em melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos cidadãos de Presidente Prudente”, afirma a professora Alessandra Martins, do curso de Medicina da Unoeste.
A estratégia se tornou crucial para colaborar com os atendimentos, fazendo que o sistema de saúde não fosse sobrecarregado. Com o telemonitoramento, os pacientes recebem informações sobre exames e orientações sem precisar retornar às unidades de saúde, o que contribui para otimizar os atendimentos e direcionar melhor os recursos da rede pública.
Conforme a secretária da Sesau, Débora Tiezzi, a parceria tem sido de grande valia para o município, que recebe um serviço eficaz nesse momento de grande demanda nas unidades.
A importância do Telemonitoramento para os pacientes e estudantes
O Telemonitoramento tem se mostrado uma ferramenta eficaz para reduzir deslocamentos desnecessários às unidades de saúde. A iniciativa permite que alunos de Medicina realizem buscas ativas de usuários faltosos e orientem pacientes sobre exames, sintomas e cuidados com a dengue. “Conseguimos realizar a busca ativa dos usuários faltosos, identificar sinais de alerta com maior rapidez e reduzir deslocamentos frequentes às unidades de saúde, proporcionando mais conforto e praticidade aos pacientes”, destaca Alessandra.
Além disso, o projeto agrega valor à formação dos futuros médicos, promovendo desenvolvimento de habilidades clínicas e comunicacionais. “O telemonitoramento nos ajuda a ultrapassar barreiras geográficas, melhorando a comunicação e a humanização do atendimento. Os alunos trabalham diretamente no gerenciamento clínico do paciente, analisando exames e prestando orientações fundamentais para sua saúde”, complementa a docente.
O contato remoto ainda permite que os estudantes desenvolvam uma abordagem mais empática e cuidadosa, criando vínculos com os pacientes mesmo sem o contato físico. Na prática, eles aprendem a interpretar exames laboratoriais, a formular perguntas estratégicas para entender o estado clínico do paciente e a propor condutas adequadas para cada caso.
Objetivos e impacto
O Telemonitoramento abrange diversas áreas da saúde, indo além do combate à dengue. Entre os principais objetivos da iniciativa, destacam-se: monitoramento de doenças infecciosas e virais, identificando casos precocemente; gerenciamento de usuários com condições crônicas, como hipertensão e diabetes; busca ativa de pacientes faltosos, garantindo a continuidade do tratamento.
Além do acompanhamento remoto de puérperas e recém-nascidos atendidos pela Atenção Primária à Saúde (APS); encaminhamento de pacientes para serviços específicos da Unoeste ou da Rede Municipal de Atenção à Saúde; redução da superlotação das unidades de saúde, otimizando os atendimentos presenciais; sensibilização da população sobre medidas preventivas, como eliminação de criadouros do mosquito transmissor da dengue.
A professora Alessandra enfatiza que, além da otimização do tempo e dos recursos, a iniciativa contribui para um atendimento mais ágil e eficiente, permitindo que as unidades de saúde priorizem casos mais urgentes. “Nosso objetivo é utilizar a tecnologia como aliada na ampliação da assistência médica. Isso garante que os pacientes recebam o devido suporte sem sobrecarregar as unidades de atendimento”, explica.
(Com colaboração AI Unoeste)
Fonte: Secretaria de Comunicação