As equipes da Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente (Sesau) e da Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM) fizeram um novo alerta sobre o atual cenário da cidade em relação à dengue que, conforme o resultado do último Índice Breteau (IB), está em risco de surto. Os dados mostram que 80% dos criadouros estão dentro das residências e que os atendimentos de saúde aumentaram 50% no comparativo entre dezembro de 2022 e fevereiro de 2023.

Além de Prudente, o cenário alarmante se repete em outros municípios da região, como Iepê, por exemplo, que decretou situação de emergência em saúde pública no último dia 10 em virtude da doença.

Conforme o relatório da Sesau, em dezembro de 2022, o Centro de Apoio à Dengue, que funciona no Cohabão, prestou 3.572 atendimentos de saúde referentes aos sintomas caraterísticos da doença, uma média de 119 por dia.

Em janeiro de 2023 foram 4.222 assistências prestadas no Centro de Apoio à Dengue, cerca de 140 por dia. Já em fevereiro, só nos 13 primeiros dias, o serviço do município já realizou 3.086 atendimentos, que caracteriza uma média diária de 240 assistências.

Ainda no mês de fevereiro, também tem sido percebido um aumento crescente nos atendimentos em saúde diários:

- dia 1: 175;

- dia 2: 194;

- dia 3: 184;

- dia 4: 208;

- dia 5: 215;

- dia 6: 261;

- dia 7: 234;

- dia 8: 257;

- dia 9: 262;

- dia 10: 253;

- dia 11: 277

- dia 12: 235;

- dia 13: 331.

 

Dados detectados pelo Índice Breteau

Durante o trabalho de campo do IB, no tipo de recipiente do grupo C, que são objetos móveis, como vasos de plantas, comedouros de animais, piscinas desmontáveis, latas, garrafas e plásticos, bandejas de geladeira e materiais de construção, por exemplo, foi encontrada água em 42,49% dos itens verificados pelos agentes de endemias, ou seja, dos 2.838 objetos analisados, 1.206 estavam com água parada. Desse total, em 224 havia larvas e em 208 o Aedes aegypti.

O item F – passíveis de remoção/alteração, que inclui entulhos de construções, barcos, sucatas, lonas e outros, dos 639 itens examinados, 245 tinham água parada, 58 estavam com larvas e 48 havia a presença do Aedes aegypti.

De acordo com o secretário da Sesau, Breno Erbella Casari, um dos agravantes é a falta do inseticida utilizado no ‘fumacê’, problema que tem sido enfrentado em todo o país. “A distribuição é feita somente pelo Governo Federal, que compra o produto e distribui para os Estados, que repassa aos municípios”.

Os casos positivos de dengue em 2023 somam 753. Em janeiro foram confirmados 710 e em fevereiro já foram 43. Também há 1.471 casos em investigação, 860 referentes ao mês de janeiro e 611 a fevereiro, além de um óbito positivo e um suspeito. Os exames e laudos são de responsabilidade do Instituto Adolpho Lutz.

 

Fonte: Secretaria de Comunicação