A Prefeitura de Presidente Prudente, por meio da Secretaria Municipal de Educação, realizou na tarde desta quinta-feira (14/12), na Fundação Inova Prudente, a apresentação do Programa Segurança no Ambiente Escolar, da empresa Militium Consultoria e Treinamento, projeto pioneiro que está sendo implantado em escolas da rede municipal de ensino.

O evento de apresentação contou com a presença da secretária Municipal de Educação (Seduc), Sirlei Oliveira, representando o prefeito Ed Thomas, da coordenadora de gestão educacional, Marta Oliveira , do promotor de justiça que atua na vara da Infância e Juventude de Presidente Prudente, Marcos Akira Mizusaki, e da equipe gestoras das escolas selecionadas para participar do projeto nesta primeira etapa.

Inicialmente, a Seduc fez uma pesquisa com as 63 escolas que compõem a rede para avaliar quais tinham interesse em receber o Programa Segurança no Ambiente Escolar. Desse total, 11 demonstraram disponibilidade, entre as 11, quatro foram selecionadas, de acordo com os indicadores e a localidade. São elas: EM Domingos Ferreira de Medeiros, no Jardim Guanabara, EM Vilma Alvarez Gonçalves, no Jardim Paraíso, EM Maria do Socorro Brito de Almeida, na Cecap, e EM Giseli Dalefi, no Residencial Universitário, uma em cada região da cidade.

A secretária Sirlei Oliveira declarou que esse programa é o marco zero da política pública no âmbito educacional em nosso município. “Hoje é uma tarde muito importante. Tenho certeza que, com a implantação do projeto, seremos referencia em âmbito estadual e até nacional, pois atualmente as escolas lidam com um medo, medo de uma situação não pedagógica”.

Marcos Akira Mizusaki, que é promotor de justiça na vara da Infância e Juventude de Presidente Prudente, além de manter um grupo formado por integrantes do poder judiciário, como promotores e delegados para discutir a segurança nas escolas, parabenizou a iniciativa e afirmou que o Ministério Público está disponível para colaborar com o que for possível.

“Todo trabalho de prevenção é bem-vindo. A cada R$ 1,00 investido em prevenção, o poder público economiza R$ 4,00 em tratamento. Temos visto muitos ataques, mas o que a sociedade tem feito para proporcionar tranquilidade aos pais e aos nossos filhos? Parabéns pela inciativa e contem com o Ministério Público”, afirmou Mizusaki.

Eder José, presidente do Conselho de Escola do Maria do Socorro, também subiu ao palco para comentar o projeto, que tem acompanhado na unidade escolar. “Projeto de muita importância, que veio para zelar pelo nosso bem maior. Conheci de perto os profissionais e afirmo que são pessoas preocupadas com o próximo. Agradeço à administração municipal pelo cuidado e que o programa possa atingir todos os alunos da rede.

Entre dezembro de 2023 e maio de 2024, a empresa realizará a consultoria, o treinamento e capacitação de segurança no ambiente escolar aos funcionários.

Conforme a equipe técnica da Militium Segurança Escolar, os diretores Alexandre Fontolan e Silvio Saraiva, e a consultora Paulina Paulino, que realizaram a apresentação, o programa consiste em um conjunto de ações: prestação de serviços de assessoramento e treinamentos; preparação da comunidade escolar; coordenação de rotinas e atividades internas e externas; integração das comunidades escolares à vida social.

De acordo com o diretor Alexandre Fontolan, que é coronel veterano da Polícia Militar, o programa será aplicado em três vertentes do ambiente escolar: estrutura, processos e pessoas.

No quesito estrutura, será avaliada toda a parte estrutural das unidades escolares, como muros, portões, quantidade de portões, acesso, câmeras, alarmes, por exemplo. “Após a avaliação, proporemos soluções a curto, médio e longo prazo, que poderão ser avaliadas pela gestão para serem implementadas conforme as possibilidades. Em alguns casos, apenas um cadeado é a solução”, explicou Fontolan.

Sobre os procedimentos, o diretor comentou que será trabalhado junto à equipe. “Não adiante a melhor tecnologia, uma boa estrutura, se o funcionário deixar o portão aberto. Juntos faremos a construção dos procedimentos de segurança a serem adotados, que serão documentados e fará parte das normas de segurança de cada unidade”.

Já sobre pessoas, Fontolan ressaltou que é necessário conhecer o que a comunidade escolar entende por segurança. “Já iniciamos as entrevistas para saber o que as escolas entendem por segurança. Nosso objetivo é capacitar as pessoas para que possam detectar possíveis agressores, serem capazes de abandonar os espaços em situações de perigo e em casos de agressores ativos, o conhecido ‘Protocolo run–hide–fight’.

Ainda segundo o diretor, a Militium atuará nas unidades por meio de uma equipe multidisciplinar, que inclui militares da reserva, psicólogos, educadores, dentre outros profissionais. 

Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação