O projeto de transformar a unidade prudentina das antigas Indústrias Matarazzo no Centro Cultural Matarazzo, além do fato do poder público municipal reaproveitar o barracão do antigo Instituto Brasileiro do Café e transformá-lo em um Centro de Eventos, promoveu a valorização imobiliária do bairro mais antigo de Presidente Prudente (Vila Marcondes) e adjacências. Além disso, a gestão do prefeito Milton Carlos de Mello ‘Tupã’ (PTB) investe em outros projetos de desenvolvimento como o de melhoramento de acesso na rua Doutor Hugo Lacorte Vitale, que é transformada na Alameda dos Ipês e que ligará as ruas José Claro e Quintino Bocaiúva – investimento superior a R$ 186 mil em recursos próprios. O líder do Núcleo Empresarial Pró-Vila Marcondes (constituído em 1999), José Renato Dias de Freitas, comemora as conquistas, mas apela à própria classe empresarial investimentos na área.

Ele recorda que a transformação do Centro Cultural era uma das três bandeiras levantadas no início pelo núcleo, quando o prédio ainda se encontrava em total estado de abandono. No entanto, em 2003, a Prefeitura adquiriu o imóvel junto ao Ministério da Previdência Social por R$ 198 mil, transformado-o anos mais tardes, num complexo cultural que hoje abriga biblioteca, escola de artes, espaço para informática, entre outros. As outras duas bandeiras levantadas requeriam melhoria nas condições de acesso ao bairro e a integração da área com o centro da cidade.

“Há mais de 10 anos essas bandeiras foram levantadas e paulatinamente conseguimos que elas fossem incorporadas pela administração municipal. O prédio do Matarazzo, assim como o do IBC e o da Fepasa [Ferrovia Paulista AS], eram antes espaços ociosos, servindo apenas de ponto para vândalos e animais. O investimento de mais de R$ 5 milhões para reativar o prédio das Indústrias Matarazzo e transformá-lo naquilo que é hoje, fez com que a Vila Marcondes se tornasse referência não apenas local, mas também regional e nacional”, enfatiza. “Os barracões próximos às linhas férreas continuam ociosos, mas a Prefeitura já estuda medidas para reaproveitar o espaço”, completa.

O secretário municipal de Cultura e Turismo, Fábio Nougueira, que teve participação efetiva na idealização do Centro Cultural, também acredita que a empreitada promoveu a valorização imobiliária do bairro. “Desde o início do Centro Cultural prevíamos que a Vila Marcondes teria seus imóveis valorizados. Mas não só por isso. Também pelo fato da revitalização de toda a vila e bairros adjacentes ter sido priorizado na gestão do prefeito Tupã”, opina. Segundo o secretário, desde que foi inaugurado, o Centro Cultural tem mudado a impressão do bairro. “Pessoas de outras localidades passaram a frequentar a Vila Marcondes. Isso foi imediato. Deu para sentir nitidamente a melhora e o aumento no fluxo de veículos”, frisa Nougueira.

Para Freitas, o movimento de pessoas de outras localidades no bairro pode ser ainda maior quando a estrutura do teatro do Centro Cultural estiver totalmente finalizada. “Com a ativação do teatro e a vinda de várias peças, a Vila Marcondes se tornará uma ‘usina de radiação de cultura’”, prevê. O chefe da pasta de Cultura e Turismo diz que para tal, serão necessários investimentos na ordem de R$ 1,5 milhão. “Estamos correndo atrás de dinheiro através dos governos federal e estadual e até mesmo da iniciativa privada para que consigamos dar início às obras pretendidas. Não dá para prever o término do teatro porque ainda estamos atrás de recursos. Mas com a quantia conseguida, tão logo começarão as obras”, revela.

O representante do Núcleo Empresarial Pró-Vila Marcondes finaliza acrescentando que o deslanche no que diz respeito ao melhoramento da vila poderia ser ainda melhor se os “espaços” [terrenos] existentes lá recebessem mais investimentos por parte da classe empresarial. “Não podemos ficar esperando somente a mobilização por parte apenas da iniciativa pública. Os empresários têm que enxergar essa valorização do bairro do ponto de vista imobiliário e investir em edificações, seja através de incentivos fiscais ou linha de créditos com agentes financiadores, a exemplo do que já acontece no terreno onde funcionou o antigo Hospital São Sebastião. Lá, o espaço recebe uma grande construção”, termina.

Nessa área referida por Freitas, o antigo prédio é demolido para construção de prédio e apartamentos.

Fonte: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO